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Bulimia Nervosa

As perturbações do comportamento alimentar (anorexia nervosa, bulimia nervosa e binge eating) são problemas psicopatológicos sérios que afectam principalmente as mulheres jovens.

Bulimia Nervosa, ocorre entre 1 a 2% das mulheres jovens.

A Bulimia Nervosa é uma doença que afecta, sobretudo, raparigas no final da adolescência.

Esta doença é caracterizada por momentos de voracidade alimentar, ou seja, de ingestão de grandes quantidades de alimentos num curto espaço de tempo. Alimentos esses que são, na sua maioria, compostos por hidratos de carbono. Seguidos de comportamentos compensatórios, como períodos de jejum prolongado, vómito provocado, uso de laxantes e exageros no exercício físico.

Mas se as “técnicas compensatórias são inicialmente usada para combater os ataques vorazes aos alimentos, posteriormente, passa a ser feita de forma descontrolada, criando um ciclo, conhecido como o ciclo bulímico:

ciclo-bulimico

 

Normalmente, acham o seu próprio comportamento repulsivo e vergonhoso, por isso, procuram mantê-lo em segredo.

Um dos factores que pode induzir à descoberta desta doença deve-se ao facto dos doentes procurarem sair da mesa imediatamente a seguir a uma refeição para vomitarem o que acabaram de ingerir.

A provocação repetida do vómito é uma manifestação frequente, que pode ter consequências muito graves. Habitualmente leva a que glândulas salivares aumentem, o que se pode verificar através de pequenos inchaços visíveis na base das orelhas, ou mesmo debaixo do queixo. Pode levar a esofagite (inflamação do esófago), que é um factor de risco para câncro do esófago, pode acontecer que durante o episódio haja hemorragia ou mesmo ruptura esofágica (com risco muito elevado de morte).

Quem sofre de Bulimia Nervosa tem, normalmente, comportamentos paradoxais.

Se por um lado “controlam” aquilo que comem, usando para isso o vómito, por outro, têm crises de voracidade alimentar totalmente descontroladas. As bulimicas vivem sob o medo constante de não poder controlar esses ataques de fome, o que acentua a doença, passando a dominar todas as suas experiências emocionais.

Qual a causa?

As causas para a Bulimia Nervosa são, em grande parte, desconhecidas. No entanto, a predisposição genética é sem dúvida um bom contributo. Possivelmente estão envolvidos aspectos socioculturais, psicológicos, individuais, familiares e neuroquímicos.

Distúrbio no seio familiar, eventos stressantes relacionados com a sexualidade e formação da identidade pessoal são apontados como factores desencadeantes da bulimia.

Existem dois tipos de Bulimia Nervosa:

  • Tipo purgativo - a pessoa envolve-se regularmente na auto indução ao vómito ou recorre ao uso de medicamentos.

  • Tipo não purgativo - a pessoa não recorre ao uso do vómito ou de medicamentos, utiliza outros comportamentos como o excesso de exercício físico ou jejuns.

Quais são as consequências?

São várias e podem ser graves, listamos algumas das mais comuns

  • Sangue

    • Desidratação

    • Alterações dos iões sanguíneos

    • Anemia

  • Sistema cardiovascular

    • Arritmias

    • Alterações cardíacas

    • Tonturas

  • Alterações psiquiátricas

    • Ansiedade

    • Depressão

    • Auto-agressividade

    • Baixa auto-estima

  • Ginecológicas

    • Ciclo menstrual irregular ou ausente.

  • Sistema intestinal

    • Prisão de ventre

    • Dores

    • Inchaço

    • Esofagite

    • Cancro esófago

    • Ruptura do esófago

    • Aftas

    • Úlceras

  • Boca

    • Aumento das glândulas salivares

    • Cáries e corrosão dos dentes

    • Sensibilidade dentária

    • Mau hálito

  • Pele e músculo

    • Fadiga muscular

    • Escoriações nos dedos

    • Pele seca

Como se trata?

O primeiro passo no tratamento da Bulimia Nervosa, é tal como na Anorexia admitir e assumir que se tem um problema.

O tratamento também é complexo e envolve vários profissionais de saúde, a família e amigos da doente.

O primeiro objectivo no tratamento é o de acabar com o ciclo de ingestão compulsiva, seguida de manobras purgativas ou de jejum prolongado. Por isso, é necessário que seja aceite o estabelecimento de um padrão alimentar regular e disciplinado.

A utilização de medicação pode ajudar a quebrar o ciclo bulímico, controlando a impulsividade.

A psicoterapia pode ser útil para mudanças na forma como é controlada a ansiedade e a culpa.



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