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Drogas ou remédios?

As doenças mentais figuram entre as doenças mais comuns. Para tratar as doenças mentais existem remédios, tal como para doenças de outro tipo: são os medicamentos psiquiátricos, ou psicotrópicos. Estes medicamentos, em combinação com outros tratamentos, podem ajudar milhões de pessoas a voltar às suas actividades com sucesso e a viverem os dias com mais satisfação.


Ouvi dizer que os psicotrópicos são drogas.

Os medicamentos para as doenças mentais são semelhantes a outros remédios prescritos pelos médicos e que têm ajudado a que as nossas vidas sejam cada vez mais longas e melhores.
Cada tipo de medicamento é indicado para tratar doenças específicas, tem sempre efeitos positivos (os desejados) ao mesmo tempo que tem efeitos secundários. Esses efeitos secundários, não desejados, podem ser absolutamente inócuos, apenas desconfortáveis ou terem o risco de afectar o nosso organismo de modo mais grave. Eis porque qualquer fármaco tem de ser receitado só depois de uma correcta avaliação do doente e da sua doença feita por um profissional habilitado: o médico.
Por exemplo, os antibióticos que curam infecções por bactérias podem causar secundariamente náuseas. Uma simples aspirina pode provocar severas hemorragias ou reacções alérgicas. Um anti-inflamatório é passível de perturbar o normal funcionamento dos rins E não é por isso que as pessoas deixam de beneficiar do uso deste remédios.
Os mesmos princípios aplicam-se aos medicamentos psiquiátricos. Ao mesmo tempo que aliviam os sintomas mentais e emocionais, os medicamentos psiquiátricos podem originar efeitos acessórios. A particularidade dos psicotrópicos é que actuam especialmente no nosso cérebro para melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso Central. Assim podem provocar alguns sintomas que interferem com o nosso grau de vigilidade, de consciência, de rapidez de resposta, aparentemente parecidos aos que algumas drogas provocam, além de outros comuns a muitos remédios de outro tipo. Alguns psicotrópicos, não todos, podem induzir habituação e até dependência. Por estas razões é realmente fundamental que sejam apenas os médicos, e nesta área os psiquiatras a prescreverem, dado saberem do estado clínico global do doente e conjugarem informações sobre toda a sua pessoa e outra medicação em curso não vá dar-se o caso de haver interferências entre fármacos e, por fim, estarem capacitados para decidir o que tem melhor indicação em cada caso e em cada momento.
O assunto da saúde é muito sério e complexo. Tal como numa viagem aérea não iria deixar que um curioso tomasse os comandos do avião, só deve tomar remédios com indicação médica.
Por outro lado, o médico deve informar o doente acerca dos possíveis efeitos da medicação, e se restarem dúvidas, o doente deve perguntar até ficar esclarecido. Se os efeitos secundários forem muito incómodos e evitáveis, o médico pode proceder nesse sentido, baixando a dose do fármaco ou substituindo-o.
Sempre que receitados e usados sob vigilância médica, no cumprimento estrito das recomendações, os medicamentos psiquiátricos são remédios úteis e não drogas.



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